sexta-feira, 24 de abril de 2009

Soneto

Queria navegar em marés calmas

Por um tempo esquecer as tempestades

E quem sabe até sentir saudades 

Dos mares revoltos de minh'alma


Fazer minha bússola perder o norte

E me guiar só por estrelas

Se é preciso amar para entende-las

Não estarei entregue a pura sorte


E ao amanhecer, de mais um dia 

Vou, embalado pela calmaria,

Buscar, sem mapas, outra conquista


Içar minhas velas, rumo ao futuro

Em busca de um porto, enfim seguro

Pra ouvir de novo, terra a vista

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Preciso acreditar no poder da palavra

Além de musculo, máquinas, armas

Pois sou, aurora-crepúsculo,

Páginas e páginas de karma

 

Preciso crer que me acalma,

Se nunca se ausenta.

Ver que ao menos me salva

Se não me sustenta.

Se tanto me atormenta,

Quero crer, ao menos me consagra

Palavra, palavra, palavra.