domingo, 7 de dezembro de 2008

São Paulo em Duas Prestações Semestrais

Seu céu é cinza como a crua
Realidade dos apressados pela rua 
Que também cinza recebe almas 
Opacas desse espetáculo sem palmas 
Acelerado, sem calma 

Corações virando concreto
Ignoramos placas que indicam fim do trajeto
O mundo edificando sinas 
Planos se quebrando em esquina 
Lamentos em gritos que viram buzinas 

Sinas se fecham pra vida que passa
Sonhos, nem nascem, já viram fumaça
Que sobem, com ar ranzinza
E se juntam ao céu, cinza no cinza. 

Mas é real. Como tudo que vejo. 
E é possibilidade como o que eu almejo
É concreto e neblina
Meu destino, minha sina
E ainda dizem que te escolhi 
Mal sabem, foi aqui que nasci
Dentro da ilha sempre houve
Uma ilha de cidade
Algum em mim, sempre soube
Que como Caetano
Te chamaria realidade. 


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